A orelha é uma das partes do corpo humano que poderá trazer o estigma familiar: “O filho tem a orelha do pai!” Muitas vezes a orelha em abano, defeito estético muito comum, é encontrada em vários membros da família e constitui uma identificação negativa, principalmente pelo fato de gerar caçoadas na infância, trazendo como consequência marcas profundas no comportamento da criança.
Existe uma idade ideal para se fazer a cirurgia de correção do abano: de cinco a sete anos, período em que a orelha já está totalmente formada e quase igual ao tamanho daquela do adulto. Além do mais, por se tratar de um período pré-escolar, nessa fase começam os problemas de ordem psicológica. Normalmente, as seguintes perguntas são feitas por ocasião da primeira consulta.
1. A CIRURGIA DA ORELHA EM ABANO DEIXA CICATRIZ? A cicatriz desta cirurgia é praticamente imperceptível, por localizar-se atrás da orelha, no sulco formado por esta e o crânio. Além do mais, como se trata de região de pele muito fina, a própria cicatriz tende a ficar “quase imperceptível”.
2. QUAL O TIPO DE ANESTESIA? Crianças: anestesia local com sedação em crianças menores e anestesia local em crianças maiores. Adultos: anestesia local ou anestesia local com sedação.
3. QUAL O PERÍODO DE INTERNAÇÃO? Anestesia geral: de 6 a 12 horas. Anestesia local (com ou sem sedação): 3 horas.
5. HÁ PERIGO NESTA OPERAÇÃO? Em todo e qualquer procedimento cirúrgico existe o risco de complicações inerentes ao paciente ou ao cirurgião. A cirurgia de orelha em abano é considerada uma cirurgia de pequeno porte, com baixíssimo índice de complicações – que estamos acostumados a enfrentar.
6. HÁ DOR NO PÓS-OPERATÓRIO? Geralmente não. Quando houver a intercorrência de discreta dor, poderemos combatê-la com analgésicos comuns.
7. COMO É O CURATIVO? Faz-se a proteção da cicatriz com curativos pequenos. Protege-se a orelha (principalmente em crianças) nos primeiros dois ou três dias com uma espécie de touca, a fim de evitar traumatismos locais.
8. QUANDO SÃO RETIRADOS OS PONTOS? HÁ DOR? Em torno do 14º dia. Praticamente não existe dor na retirada.
9. EM QUANTO TEMPO SE ATINGIRÁ O RESULTADO DEFINITIVO? Assim que se retira o curativo, já teremos em torno de 80% do resultado almejado. Após 12 semanas, o resultado será definitivo.
10. NÃO HÁ O RISCO DE “VOLTAR O PROBLEMA DO ABANO” APÓS A CIRURGIA? Desde que devidamente conduzida a cirurgia, o resultado será definitivo. Convém salientar que uma leve assimetria sempre ficará, pois mesmo as pessoas não operadas e que possuem orelhas normais não apresentam simetria absoluta.
11. RECOMENDAÇÕES SOBRE OTOPLASTIA ESTÉTICA.
RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIO: 1. Comunicar-se conosco até a véspera da cirurgia em caso de gripe, infecções, etc. Não tomar nenhuma medicação antes da cirurgia sem comunicar ao seu médico, principalmente aspirina ou anti-inflamatórios; 2. Obedecer ao horário estabelecido para internação. Internar-se uma hora antes da hora marcada da cirurgia; 3. Em caso de anestesia geral ou local com sedação, manter-se em jejum de líquidos ou sólidos, por um período de seis horas antes da cirurgia; 4. Lavar os cabelos na véspera; 5. Se tiver cabelos compridos, eles não deverão ser cortados, e sim mantidos até um período após a cirurgia. Isso ajuda a disfarçar o curativo nos primeiros dias.
RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIO: 1. Evitar traumatismos locais por um período de 30 dias. Evitar esforços físicos, principalmente nos primeiros três dias após a cirurgia. Evitar o sol durante seis meses (usar chapéu ou protetor solar); 2. Comparecer ao consultório para controle pós-operatório, nos dias indicados pela enfermeira; 3. Obedecer à prescrição médica; 4. Poderá retornar às atividades normais (escolares, profissionais, etc.) em três a cinco dias após a cirurgia; 5. Dieta livre.
Observação importante: Por determinação expressa em Resolução do Conselho Federal de Medicina e ainda pelo Regimento Interno da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, fica PROIBIDA a apresentação de casos com fotografias de pacientes em pré e pós-operatório, independentemente de se poder identificar a pessoa ou não, mesmo que haja a autorização expressa das mesmas. Justificamos, portanto, a não apresentação de tais imagens, e acreditamos que a maior compreensão dos possíveis resultados somente poderá ser atingida durante a consulta médica.
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