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Foto do escritorArlene Farias

Dermolipectomia Abdominal (plástica de abdome)

Atualizado: 22 de fev. de 2023

A pele e a musculatura da região abdominal podem sofrer perda de elasticidade devido a vários fatores, como idade, ganho de peso e gestação. O acúmulo de gordura no abdome traz também bastante descontentamento aos pacientes. Essas são as três estruturas abordadas na abdominoplastia, sendo feita a retirada do excesso de pele e gordura e também a plicatura da musculatura da parede abdominal. O objetivo alcançado com a abdominoplastia é a melhora acentuada do contorno abdominal.

LIPOABDOMINOPLASTIA


Esta técnica mais recente permite a lipoaspiração de toda a região abdominal (região anterior e dorso) no mesmo procedimento cirúrgico. Isso traz como vantagem para os pacientes, principalmente aqueles com maior acúmulo de gordura, a possibilidade de realizar os dois procedimentos em um só tempo cirúrgico. Essa técnica permite  um resultado estético muito gratificante.


1. QUANTOS QUILOS VOU EMAGRECER COM A DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL? Sendo uma cirurgia que retira determinada quantidade de pele e gordura, evidentemente haverá uma redução no peso corporal, que varia de acordo com o volume do abdome de cada paciente. Não são, entretanto, os “quilos” retirados que definirão o resultado estético, mas, sim, as proporções que o abdome manterá com o restante do tronco e os membros. A maioria das mulheres apresenta certa “flacidez” do abdome após um ou vários partos, com predominância de pele sobre a quantidade de gordura localizada na região. Esses casos nos permitem excelentes resultados. Em outros casos, em que o paciente está com o peso acima do normal, o resultado também é compensatório e proporcional ao restante do corpo. Entretanto, vale a pena lembrar que o “excesso de gordura” em outras regiões vizinhas ao abdome ainda existirá, o que nos leva a aconselhar aqueles que assim se apresentarem a prosseguir com um tratamento clínico ou fisioterápico para equilibrar as diversas partes entre si.


2. A CIRURGIA DO ABDOME DEIXA CICATRIZ MUITO VISÍVEL? A cicatriz resultante de uma dermolipectomia localiza-se horizontalmente, logo acima da implantação dos pêlos pubianos, prolongando-se lateralmente, em maior ou menor extensão, dependendo do volume do abdome a ser corrigido. Essa cicatriz é planejada para ficar escondida sob as roupas de banho, e inevitavelmente passará por vários períodos de evolução, como se segue:


a) PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo;

b) PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o 12º mês. Nesse período, haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de “vermelho” para o “marrom”, e vai, aos poucos, clareando. Esse período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa os pacientes. Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos aos pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais;

c) PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao 18º mês. Nesse período, a cicatriz começa a ficar mais clara e menos consistente, atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia do abdome deverá ser feita após esse período.


3. EM QUANTO TEMPO ATINGIREI O RESULTADO? Na resposta anterior, fizemos algumas ponderações sobre a evolução da cicatriz. Resta-nos ainda acrescentar algumas observações sobre o novo abdome, no que tange à sua consistência, sensibilidade, volume, etc. Nos primeiros meses, além de estar sujeito a períodos de “inchaço”, que regride espontaneamente, o abdome apresenta uma insensibilidade relativa. Nessa fase, o abdome poderá ficar com aspecto “esticado” ou “plano”. Com o decorrer dos meses, tendo-se iniciado os exercícios orientados para modelagem, vai-se gradativamente atingindo o resultado definitivo. Nunca se deve considerar como definitivo qualquer resultado antes de 12 a 18 meses de pós-operatório.


4. É VERDADE QUE SERÁ FEITO UM UMBIGO NOVO? Não. O seu próprio umbigo será transplantado e, se necessário, remodelado. Deve-se levar em conta que, circundando o umbigo, existirá uma cicatriz que sofrerá a mesma evolução da cicatriz inferior (descrita no item anterior). Pelo fato de ser uma cicatriz circular, em alguns casos a evolução poderá não ser aquela que se deseja, resultando em um aspecto “artificial”. Isso acontece em decorrência da anomalia na evolução cicatricial de certos pacientes, o que, entretanto, é passível de correção mediante “retoque” sob anestesia local, após alguns meses.


5. A DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL CORRIGE AQUELE EXCESSO DE GORDURA SOBRE A REGIÃO DO ESTÔMAGO? A abdominoplastia clássica não atua sobre a gordura da região acima da cicatriz umbilical. A técnica de lipoabdominoplastia, que associa a lipoaspiração à abdominoplastia, corrige esse excesso de gordura sobre a região do estômago, como também nas laterais e nas costas.


6. QUAL TIPO DE MAIÔ DE BANHO PODEREI USAR APÓS A CIRURGIA? O tipo de maiô dependerá exclusivamente de seu próprio manequim. É claro que os decotes inferiores mais “generosos” (tangas) ficarão por conta dos casos em que os resultados forem mais naturais. Lembre-se de que o bisturi do cirurgião apenas aprimora suas próprias formas, que poderão ser melhoradas ainda mais com cuidados envolvendo alimentação e exercícios.


7. PODEREI TER FILHOS FUTURAMENTE? O RESULTADO NÃO FICARÁ PREJUDICADO? O seu médico ginecologista a informará sobre a conveniência ou não de nova gravidez. Quanto ao resultado, poderá ser preservado, desde que na nova gestação seu peso seja controlado por esse especialista. Aconselhamos, entretanto, que tenha todos os filhos programados antes de se submeter a uma dermolipectomia abdominal.


8. OUVI DIZER QUE O PÓS-OPERATÓRIO DA DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL É MUITO DOLOROSO. É VERDADE? Não. Uma dermolipectomia de evolução normal não deve apresentar dor. O que existe é um grande equívoco por parte de certas pacientes, que são operadas simultaneamente de cirurgias ginecológicas associadas à dermolipectomia e relatam, por isso, dores pós-operatórias. Nem todas as pacientes têm indicação para associação de cirurgias, pela possibilidade de aumento do risco cirúrgico.


9. HÁ PERIGO NESTA OPERAÇÃO? Raramente a cirurgia de dermolipectomia traz sérias complicações, desde que realizada dentro de critérios técnicos. Isso se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente para o ato operatório, além de ponderarmos sobre a conveniência da associação dessa cirurgia a outras, simultaneamente.


10. QUE TIPO DE ANESTESIA É UTILIZADA PARA ESTA OPERAÇÃO? Anestesia peridural, na maioria dos casos. Em casos especiais (associações de cirurgias), pode ser utilizada a anestesia geral.


11. QUANTO TEMPO DURA O ATO CIRÚRGICO? Em média, de duas a três horas.


12. QUAL O PERÍODO DE INTERNAÇÃO? 24 horas.


13. SÃO UTILIZADOS CURATIVOS? Sim. Esses curativos são retirados apenas no consultório, em torno de uma semana após a operação. Os curativos seguintes ainda serão trocados pela equipe cirúrgica. Somente após determinação da equipe é que os curativos serão trocados pelo paciente.


14. QUANDO SERÃO RETIRADOS OS PONTOS? Em sua maioria, os pontos são internos e de material absorvível, sendo necessária apenas a retirada dos pontos do umbigo, a partir do 10º ao 14º dia.


15. QUANDO PODEREI TOMAR BANHO COMPLETO? Geralmente, após a primeira troca de curativos. Fica a critério da equipe cirúrgica tal determinação.


16. QUAL A EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA? Você não deve se esquecer de que, até que se consiga atingir o resultado almejado, diversas fases são características deste tipo de cirurgia. Assim é que, no item 2, esclarecemos sobre a evolução cicatricial (até o 18º mês). No item 3, respondemos sobre a evolução da forma do abdome, bem como sua sensibilidade, consistência, etc. Entretanto, poderá lhe ocorrer alguma preocupação no sentido de “desejar atingir o resultado final antes do tempo previsto”. Seja paciente, pois seu organismo se encarregará de dissipar todos os pequenos transtornos intermediários. É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá nos ser transmitida. Daremos os esclarecimentos necessários para sua tranquilidade. Em tempo: em alguns pacientes ocorre uma certa ansiedade nesta fase, decorrente do aspecto transitório (edema, insensibilidade, transição cicatricial, etc.). Isso é passageiro, e geralmente reflete o desejo de se atingir o resultado final o quanto antes. Lembre-se de que nenhum resultado de cirurgia do abdome deverá ser considerado como definitivo antes dos 12 aos 18 meses.


17. RECOMENDAÇÕES SOBRE A CIRURGIA DE DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL.

RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS: 1. Não fazer uso de nenhuma medicação sem nos informar (isso também vale para o pós-operatório); 2. Evitar o uso de algumas medicações dez dias antes da cirurgia: anti-inflamatórios, remédios para emagrecer ou que contenham ácido acetilsalicílico (AAS, aspirina); 3. Comunicar qualquer alteração do seu estado de saúde; 4. Evitar bebidas alcoólicas ou refeições muito lautas na véspera da cirurgia; 5. Fazer jejum por seis horas antes da cirurgia; 6. Chegar ao local da cirurgia com uma hora de antecedência, levando consigo os exames pré-operatórios; 7. Levar roupas confortáveis e fáceis de vestir; 8. Deixar as unhas sem esmalte no dia da cirurgia; 9. Antes de ir para a cirurgia, retirar joias, piercings, relógio, etc.; 10. Retirar os pelos da região pubiana com lâmina, pouco antes de ir para a clínica.


RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS: 1. Evitar esforços por 14 dias; 2. Levantar-se tantas vezes quanto lhe forem recomendadas por ocasião da alta hospitalar, obedecendo aos períodos de permanência sentada, assim como evitar ao máximo escadas longas; 3. Evitar molhar o curativo até o primeiro retorno ao consultório; 4. Não se expor ao sol por um período mínimo de um mês e, após essa fase, cobrir as cicatrizes; 5. Andar com ligeira flexão (curvada) do tronco e manter passos curtos por um período de 14 dias. Ao deitar-se, manter o dorso mais elevado e os joelhos fletidos com o auxílio de travesseiros; 6. Obedecer à prescrição médica; 7. Voltar ao consultório para os curativos subsequentes, nos dias e horários estipulados; 8. Consulte as instruções quanto à sua evolução pós-operatória tantas vezes quanto necessário(a); 9. Provavelmente você estará se sentindo tão bem a ponto de esquecer-se de que foi operado recentemente. Cuidado! A euforia poderá levá-lo(a) a um esforço inoportuno, o que determinará certos transtornos; 10. Não se preocupe com as formas intermediárias nas diversas fases. Tire conosco quaisquer dúvidas; 11. Alimentação normal; 12. Aguarde para fazer sua “dieta ou regime de emagrecimento” após a liberação médica. A antecipação dessa conduta, por conta própria, poderá determinar consequências difíceis de serem sanadas; 13. Nos casos em que foi realizada a técnica de lipoabdominoplastia, iniciar a drenagem linfática com profissional habilitado após a primeira semana.

Observação importante: Por determinação expressa em Resolução do Conselho Federal de Medicina e ainda pelo Regimento Interno da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, fica PROIBIDA a apresentação de casos com fotografias de pacientes em pré e pós-operatório, independentemente de se poder identificar a pessoa ou não, mesmo que haja a autorização expressa das mesmas. Justificamos, portanto, a não apresentação de tais imagens, e acreditamos que a maior compreensão dos possíveis resultados somente poderá ser atingida durante a consulta médica.

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